Novo “psicólogo” das escolas não é humano — e está bombando

Seu “melhor amigo” pronto para te ouvir até de madrugada.

Homem sentado em uma sala de terapia futurista, estilo cyberpunk, conversando com uma terapeuta holográfica de inteligência artificial. O ambiente é iluminado por luzes neon em tons de azul, verde e rosa, com telas digitais e uma cidade tecnológica ao fundo, transmitindo o clima de uma sessão de terapia entre humano e IA no futuro.

Imagine estar no meio da madrugada, coração acelerado, ansiedade batendo forte e sem ninguém para ouvir seu desabafo. Nos Estados Unidos, cada vez mais estudantes estão recorrendo a Sonny, um chatbot que virou “confidente digital” onde faltam conselheiros humanos.

O motivo? A escassez de apoio psicológico nas escolas atingiu níveis críticos: hoje, a média é de um conselheiro para cada 376 alunos, quando o recomendado seria um para cada 250. Nesse cenário, a tecnologia passou de coadjuvante a protagonista.

Sonny, criado pela Sonar Mental Health, funciona de um jeito inédito. Não é só uma IA respondendo frases automáticas. O sistema mistura inteligência artificial com revisão humana: psicólogos e especialistas analisam as conversas, garantindo que cada mensagem seja útil, empática e responsável.

Como Sonny atua na prática:

Banner Inner AI

  • Está disponível quase o dia todo, das 8h até 2h da manhã, inclusive nas horas mais solitárias.
  • Se um estudante menciona riscos de autoagressão ou violência, a plataforma aciona imediatamente responsáveis, escola e autoridades.
  • Atende nove distritos escolares, a maioria em regiões de baixa renda ou áreas rurais, onde serviços de saúde mental são raros.

Os impactos já são visíveis. Uma escola no Arkansas registrou queda de 26% nos casos de comportamento problemático após a adoção do chatbot. Outras instituições relatam que conseguiram identificar jovens em risco com muito mais rapidez.

O depoimento de uma aluna mostra a diferença: ela buscou Sonny para falar sobre a pressão do vestibular e a dor de uma perda pessoal. Preferiu conversar com a IA a sobrecarregar os amigos.

Mas será que um robô pode substituir um terapeuta? Especialistas apontam limites: faltam à IA as nuances da escuta humana, como captar o tom de voz ou uma expressão triste. Mesmo assim, o chatbot preenche uma lacuna, oferecendo acolhimento imediato quando não há outra alternativa.

Algumas escolas vão além e usam o sistema para monitorar sinais de alerta nas redes sociais dos alunos, sempre com consentimento.

Tudo isso tem custo: de 20 a 30 mil dólares por ano, normalmente pagos com recursos destinados à saúde mental. A Sonar já levantou 2,4 milhões de dólares para expandir o serviço e planeja, em breve, oferecer atendimento 24 horas.

Julio Cesar

Julio Cesar

Julio Cesar, analista SEO de Goiás, usa inteligência artificial para otimizar processos e impulsionar resultados. Apaixonado por tecnologia e viagens, trabalha de onde estiver.

Mais sobre Inteligência Artificial

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *